Sejam dois círculos de raios
DEMONSTRAÇÃO
Lembrando que

diagrama ![1 [;1;]](http://thewe.net/tex/1)
Vejamos,
A área
é o dobro da área
do segmento circular
.
E
área
do setor circular
menos a área
do triângulo
.
Mas,
e
Logo, ![I=2U=2(Sc-T)=2 \left( \frac{\theta.r^2}{2}-\frac{r^2}{2}.sen \theta \right) \Rightarrow I=r^2(\theta - sen \theta) [;I=2U=2(Sc-T)=2 \left( \frac{\theta.r^2}{2}-\frac{r^2}{2}.sen \theta \right) \Rightarrow I=r^2(\theta - sen \theta);]](http://thewe.net/tex/I=2U=2%28Sc-T%29=2%20%5Cleft%28%20%5Cfrac%7B%5Ctheta.r%5E2%7D%7B2%7D-%5Cfrac%7Br%5E2%7D%7B2%7D.sen%20%5Ctheta%20%5Cright%29%20%5CRightarrow%20I=r%5E2%28%5Ctheta%20-%20sen%20%5Ctheta%29)
Calcular a área de intersecção entre dois círculos de raios iguais cuja distância entre os centros é
.
Um fazendeiro quer delimitar três terrenos formados pela intersecção de dois círculos de raios iguais
, conforme o diagrama abaixo, de forma que as áreas
,
e
sejam iguais.
Na primeira fase de construção destes cercados, é importante para ele fixar os centros
e
destes círculos no solo, de forma que esta condição se estabeleça. Calcular, então, a distância ideal entre os centros. Obs: como o problema é prático, pode-se usar de todo conhecimento e ferramentas matemáticas a sua disposição.
Resolução: Tendo em vista que
e
, a área de intersecção é a metade da área de um dos círculos, ou seja
.
Ainda pelo diagrama
, verificamos que a distância entre os centros é dado por
. Vamos calcular
.
![I=\frac{\pi r^2}{2} \Rightarrow [;I=\frac{\pi r^2}{2} \Rightarrow;]](http://thewe.net/tex/I=%5Cfrac%7B%5Cpi%20r%5E2%7D%7B2%7D%20%5CRightarrow)
![r^2(\theta - sen \theta )= \frac{\pi r^2}{2} \Rightarrow [;r^2(\theta - sen \theta )= \frac{\pi r^2}{2} \Rightarrow;]](http://thewe.net/tex/r%5E2%28%5Ctheta%20-%20sen%20%5Ctheta%20%29=%20%5Cfrac%7B%5Cpi%20r%5E2%7D%7B2%7D%20%5CRightarrow)
É fácil perceber que
Por
ou
, concluímos que a função
possui infinitos pontos críticos no intervalo aberto
para
.
Por
e como
, para todo
, concluímos que cada ponto crítico de
não é máximo e nem mínimo, mas um ponto de inflexão ( mudança de concavidade ). Disto e por
, deduzimos que a função possui apenas um zero, porque se tivesse pelo menos dois, ela teria, então, pelo menos um máximo local ou um mínimo local ( lembrem-se que
é uma função contínua ).
E como
, já temos todas as informações necessárias para visualizar o esboço do gráfico de
( além de constatar que o único zero é positivo ), veja:
Situação perfeita para utilizarmos o método de Newton que no presente caso diz que, sendo
o zero de
e se
é uma aproximação inicial do mesmo, então
é uma aproximação melhor, ou seja
. Usando recursivamente esta fórmula, podemos calcular
com a precisão que quisermos.
![\theta_4=2,3098... - \frac{2,3098... - sen (2,3098...) -1,5707...}{1-cos (2,3098...)} = 2,3098... [;\theta_4=2,3098... - \frac{2,3098... - sen (2,3098...) -1,5707...}{1-cos (2,3098...)} = 2,3098... ;]](http://thewe.net/tex/%5Ctheta_4=2,3098...%20-%20%5Cfrac%7B2,3098...%20-%20sen%20%282,3098...%29%20-1,5707...%7D%7B1-cos%20%282,3098...%29%7D%20=%202,3098...%20)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resolução: Pelas condições do problema e conforme o diagrama
, temos
e ![\cos \left(\frac {\theta}{2}\right)=\frac{OB}{r}=\frac{r/2}{r}=\frac{1}{2} [;\cos \left(\frac {\theta}{2}\right)=\frac{OB}{r}=\frac{r/2}{r}=\frac{1}{2};]](http://thewe.net/tex/%5Ccos%20%5Cleft%28%5Cfrac%20%7B%5Ctheta%7D%7B2%7D%5Cright%29=%5Cfrac%7BOB%7D%7Br%7D=%5Cfrac%7Br/2%7D%7Br%7D=%5Cfrac%7B1%7D%7B2%7D)
![\Rightarrow \frac{\theta}{ 2}= \frac{\pi}{3} rad \Rightarrow \theta = \frac{2 \pi}{3} rad [;\Rightarrow \frac{\theta}{ 2}= \frac{\pi}{3} rad \Rightarrow \theta = \frac{2 \pi}{3} rad;]](http://thewe.net/tex/%5CRightarrow%20%5Cfrac%7B%5Ctheta%7D%7B%202%7D=%20%5Cfrac%7B%5Cpi%7D%7B3%7D%20rad%20%5CRightarrow%20%5Ctheta%20=%20%5Cfrac%7B2%20%5Cpi%7D%7B3%7D%20rad)
Portanto,![I=r^2(\theta -sen \theta )=1^2 [ \frac{2 \pi}{3} - sen \left( \frac{ 2\pi}{3}\right) ]= \frac{2 \pi}{3} - \frac{\sqrt{3}}{2} [;I=r^2(\theta -sen \theta )=1^2 [ \frac{2 \pi}{3} - sen \left( \frac{ 2\pi}{3}\right) ]= \frac{2 \pi}{3} - \frac{\sqrt{3}}{2} ;]](http://thewe.net/tex/I=r%5E2%28%5Ctheta%20-sen%20%5Ctheta%20%29=1%5E2%20[%20%5Cfrac%7B2%20%5Cpi%7D%7B3%7D%20-%20sen%20%5Cleft%28%20%5Cfrac%7B%202%5Cpi%7D%7B3%7D%5Cright%29%20]=%20%5Cfrac%7B2%20%5Cpi%7D%7B3%7D%20-%20%5Cfrac%7B%5Csqrt%7B3%7D%7D%7B2%7D%20)
Resposta: ![I=\frac{4 \pi - 3 \sqrt{3}}{6} \approx 1,228 cm^2 [;I=\frac{4 \pi - 3 \sqrt{3}}{6} \approx 1,228 cm^2;]](http://thewe.net/tex/I=%5Cfrac%7B4%20%5Cpi%20-%203%20%5Csqrt%7B3%7D%7D%7B6%7D%20%5Capprox%201,228%20cm%5E2)
Obs: Comparando com a área de um destes círculos que é
, a área desta intersecção é pouco mais que
por cento.
diagrama
Resolução: Tendo em vista que
Ainda pelo diagrama
Neste caso,
Temos então, uma equação trigonométrica em
cuja solução é igual ao zero da função
para
, temos ![f(\theta) \rightarrow - \infty [;f(\theta) \rightarrow - \infty;]](http://thewe.net/tex/f%28%5Ctheta%29%20%5Crightarrow%20-%20%5Cinfty)
para
, temos ![f(\theta) \rightarrow + \infty [;f(\theta) \rightarrow + \infty;]](http://thewe.net/tex/f%28%5Ctheta%29%20%5Crightarrow%20+%20%5Cinfty)
diagrama ![3 [;3;]](http://thewe.net/tex/3)
Pela idéia do gráfico, notamos que
, onde
é o primeiro ponto de inflexão acima do eixo
. Vamos testar, então, como uma primeira aproximação,
. Como
e usando uma boa calculadora científica ou uma planilha eletrônica (lembrando que os ângulos são em radianos), temos
e obtemos o zero de
ou a raiz de
com uma precisão de quatro casas decimais:
.
Resposta: Para que as áreas
,
e
sejam iguais, a distância ideal entre os centros dos círculos de raios
, que formam as mesmas, tem que ser
.
Obs: A proporção da distância dos centros e um dos raios é ![\frac{d}{r}=0,8080... [;\frac{d}{r}=0,8080...;]](http://thewe.net/tex/%5Cfrac%7Bd%7D%7Br%7D=0,8080...)
Referência Bibliográfica
Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas, Murray R.Spiegel, Seymour Lipschutz e John Liu, Coleção Schaum, Ed.Bookman, 2011.
Fundamentos de Matemática Elementar-Geometria Plana (9), Osvaldo Dolce e José Nicolau Pompeo, Atual Editora, 1996.
Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas, Murray R.Spiegel, Seymour Lipschutz e John Liu, Coleção Schaum, Ed.Bookman, 2011.
Fundamentos de Matemática Elementar-Geometria Plana (9), Osvaldo Dolce e José Nicolau Pompeo, Atual Editora, 1996.
Interessantíssimo este post. Eu já tinha resolvido apenas o problema do fazendeiro. Mas a abordagem aqui foi muito mais completa, apresentando a fórmula para achar a área de interseção entre os círculos.
ResponderExcluirOi, Paulo.
ExcluirTambém tem a interessante questão relativa a área de intersecção ser igual a área do quadrado inscrito ( ou outro polígono qualquer ).
Sobre o problema do fazendeiro, não consegui encontrar sua resolução no seu blog.
Obrigado.
Oi, Teixeira! Às vezes a gente despreza um assunto (creio que se chama quadratura das lunas) e você conseguiu arrancar um belo e útil exemplo do método de Newton. Parabéns! abçs
ResponderExcluirOi, Tavano.
ExcluirPesquisei sobre a quadratura das lunas e achei muito interessante.
De fato, Newton nos legou uma das mais práticas e poderosas ferramentas para resolver equações difíceis.
Valeu, obrigado.
O problema do fazendeiro que me refiro é o que você expôs neste post, mas também resolvi a tempos atrás e está nos meus rascunhos. Com este post, o meu rascunho ficou ultrapassado. Abraços!
ResponderExcluirCaiu na prova da AFA 2014
ResponderExcluir