Introdução
No post 047 vimos o teorema de Euler que afirma que, se
, então temos a equivalência
(
), onde
é a quantidade de inteiros positivos menores que/ e primos com
(função de Euler).
Seja a seguinte equação em
no conjunto universo
:
No caso
, o teorema de Euler já nos garante a solução
, porém, ela não é única.
É importante observar que a equação (1) terá soluções se, e somente se,
. De fato pois, sendo
ou
, temos que qualquer divisor comum de
e
divide
. Consequentemente,
.
É importante observar que a equação (1) terá soluções se, e somente se,
O presente post tem, por intermédio da função expoente de
módulo
, o objetivo de elucidar a característica principal de todas as soluções de (1).
Nas demonstrações dos dois belos teoremas, nos apoiaremos também nos seguintes princípios:
Nas demonstrações dos dois belos teoremas, nos apoiaremos também nos seguintes princípios:
a) Todo subconjunto não vazio de inteiros não negativos possui um elemento mínimo ( Princípio da boa ordenação );
b) Dados os inteiros não nulos
e
, temos que se
é múltiplo de
e
é múltiplo de
, então
.
Definição de expoente de
módulo 
Dados
Teorema 1
Seja
Se
, então
de forma que
é múltiplo de
.
Demonstração
Seja
e como
, por definição , é o menor elemento de
, segue que
de forma que, para sustentar a equivalência (i) , é necessário
. Portanto,
. Lembrem-se que
. Mas pelo princípio a) ,o conjunto
tem um elemento mínimo e já sabemos que é
. Logo,
e
e está provado que qualquer solução de
é múltiplo de
.
Teorema 2
Dados
Demonstração
Fazendo
e tendo em vista que
, temos
Pelo teorema
,
é múltiplo de
.
Pelo mesmo teorema, de
, temos que
é múltiplo de
.
=\frac{t}{(n,t)})
Gostará de ler também:
048-Fundamentos de Congruência Modular
046-Critérios de Divisibilidade
055-Cálculo de Resto sem Dividir
047-Teoremas de Euler e Fermat
049-Equação de Congruência Linear
050-Equação de Congruência Polinomial
051-Teorema de Wilson-II
Pelo mesmo teorema, de
Assim, para algum
:
e fica claro que
divide
. Mas, como
segue que
e, portanto,
divide
ou
é múltiplo de
. Ora, mas sabemos logo no início da demonstração que
é múltiplo de
. Logo, pelo princípio b) , concluimos que
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048-Fundamentos de Congruência Modular
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050-Equação de Congruência Polinomial
051-Teorema de Wilson-II
Olá Aloisio, gostaria de parabenizar pela qualidade do seu blog! Você aborda temas interessantes com clareza... Quanto a este post, particularmente, estive pensando sobre ele e gostaria que você considerasse o seguinte:
ResponderExcluirUsando a notação "a -= b(mod c)" para "a congruente b módulo c", "\in" para pertinência, o conjunto E como você definiu no Teorema 1 e N o conjunto dos Naturais.
P1. Se existe t \in N, tal que t é uma solução particular de a^x -= 1(mod m), então E = N.
Prova:
Se t = 1, então, pelo Teorema 1, não há o que ser provado. Vamos assumir t <> 1, assim,
a -= r(mod m), r \in Z\{1} e a^t -= 1(mod m).
Seja a^(t-1) -= s(mod m), s \in Z, temos que
a -= r(mod m)
a^(t-1) -= s(mod m)
a * a^(t-1) -= r*s(mod m)
a^t -= r*s(mod m)
Desse modo,
r*s = 1
Como r e s são números inteiros,logo r = s = 1, mostrando que x = 1 também é solução de a^x -= 1(mod m) e E = N. QED
Você concorda?
Oi, Daniel!
ResponderExcluirObrigado pelo demonstração de apreço.
Sobre sua prova, acho que cometeu um pequeno deslize, mas acredite, é muito comum.
A propriedade transitiva da aritmética modular diz que se A -=B e B-=C, então A-=C (tudo mod m), mas não necessáriamente A=C.
Vc fez o seguinte, pelo que entendi:
Se r*s-=a^t e a^t-=1, então r*s=1 (tudo mod m)
Mas o correto é apenas concluir que r*s-=1(mod m).
Valeu, um grande abraço!